Do século XIX até hoje, o mundo evoluiu numa velocidade extraordinária. Os historiadores costumam dizer que a humanidade empreendeu, nos últimos duzentos anos, mais transformações do que nos 4 mil anteriores, desde a invenção da escrita. Atualmente, com o rápido avanço tecnológico e as possibilidades criadas pela internet, essas mudanças se aceleraram ainda mais. Nesse cenário, as empresas que não forem capazes de se adaptar morrerão. Baseando-se em conceitos como Capitalismo Consciente, é possível entender que:
Tendo isto em vista, é preciso compreender o que é o Capitalismo Consciente. Sendo assim, ele é baseado em um capitalismo que atua além do lucro, e que consegue combiná-lo com ideais sociais e ambientais. Ou seja, obter lucro genuinamente, com negócios que respeitam tanto o meio ambiente, quanto as pessoas.
Líderes conscientes ou de visão diferenciada são aqueles que conseguem harmonizar os interesses de todas as partes envolvidas no negócio. A soma de valores, de princípios e de práticas, faz a conexão da equipe, do ambiente, do cliente e do propósito da empresa. Assim, cada empreendedor será movido pelas suas próprias crenças.
De acordo com Charles Handy, autor de O Espírito Ávido (1997), o que encoraja as pessoas a promover um outro jeito de liderar/empreender é a necessidade de “confiar no futuro” e um desejo de “fazer alguma diferença em favor do mundo”. Estes novos líderes e empreendedores serão sujeitos muito especiais, capazes de combinar num mesmo perfil absoluta paixão pelo que fazem, habilidade de transmitir essa paixão às outras pessoas, espírito coletivista, solidez moral e a certeza de que não têm todas as respostas prontas.
Um ótimo exemplo disso é Anita Roddiick, fundadora da The Body Shop (a qual foi vendida para a L’oreal no ano de 2006). A marca foi transformada num ícone de um novo tipo de capitalismo, antes de ser vendida. Portanto, antes de pensar em lucro, é preciso pensar em um negócio que atenda as diferentes partes interessadas, pois é a forma mais inteligente de obter lucro. Para Anita, a empresa deve: contribuir para a formação do espírito humano; ter senso de comunidade; transformar-se em agente de mudanças; produzir soluções para um novo mundo; e conectar indivíduos a causas. Olha só quanta responsabilidade, hein! ;D
Um empreendedor que segue estas linhas de raciocínio é Cristian Trentin, fundador da Ecobiker Courier, o qual criou uma empresa de entregas sustentáveis, utilizando a bicicleta em vez das tradicionais motos. Ele entendeu que poderia realizar o mesmo serviço, com a mesma agilidade e com menos emissão de CO² (um dos gases do efeito estufa).
Por fim, segue algumas dicas para que você possa reinventar o seu negócio:
Antecipe-se
Enxergar mais longe e perceber os sinais do que pode acontecer no futuro vai colocar você e seu negócio numa posição bem mais confortável quando a onda da mudança chegar. Em vez de seguir a tendência, você a ditará.
Entenda seu público
Quando estamos falando de um negócio, por mais que o ritmo das transformações no mercado seja quase sempre frenético, a mudança não pode são tão brusca. Você precisa conduzi-la, antes de tudo, com base nas expectativas do seu público. Compreender o que ele deseja é o elemento chave para você definir como vai levar à frente seu processo de evolução. Você pode descobrir que seus clientes querem que você passe a oferecer um determinado novo tipo de serviço ou, simplesmente, que você se diferencie não seguindo a corrente.
Não tema as mudanças